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Quero mostrar algumas belas imagens que fiz e falar um pouco sobre o jogo, quests, locais e personagens. Vou dar algumas dicas para quem ainda não conhece esta obra prima da Bethesda e para quem está iniciando a incrível jornada do Dragonborn!

*Todas as dicas deste blog são baseadas na versão de pc com a tradução da Tribogamer, mas também podem ser úteis para Playstation 3 e Xbox 360.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Livro - A Rainha Loba Volume V


A Rainha Loba
Volume V

por
Waughin Jarth




Da pena de Inzolicus, Segundo Sábio do Centenário e Estudante de Montocai:

3ª Era, ano 119:
por vinte nove anos, O Imperador Antiochus Septim governou Tamriel, e provou ser um líder capaz, apesar de ter uma moral abalada.
Sua maior vitória foi na Guerra da Ilha no ano 110 quando a frota Imperial e a marinha real da Ilha de Summerset, juntos com poderes mágicos da Ordem Psijic, conseguiram destruir a Invasão armada de Pyandonea. Seus irmãos, Rei Magnus de Lilmoth, Rei Cephorus de Gilane e Potema, a Rainha Loba de Solitude, governaram bem e as relações entre o Império e os reinos de Tamriel foram muito melhoradas. Entretanto, séculos de negligências não curaram todas as cicatrizes que existiam entre o Império, os reis de Pedra Alta e Skyrim.

 Durante uma rara visita de sua irmã a seu sobrinho Uriel, Antiochus, que sofria de várias doenças enquanto reinava, veio a entrar em coma. Por meses ele ficou entre a vida e a morte enquanto o Conselho dos Anciões se preparou para a ascensão de sua filha Kintyra, de quinze anos, ao trono.

3ª Era, ano 120:
"Mãe, eu não posso me casar com Kintyra," disse Uriel, divertindo-se com a sugestão que foi oferecida. "Ela é minha prima. E, além disso, eu acho que ela está noiva de um dos senhores do conselho, Modellus."

"Você é muito enjoado. Agora é a hora e o lugar de seriedade", disse Potema. "Mas você está certo em seu julgamento sobre Modellus, não devemos ofender a pessoa idosa do Conselho neste momento crítico. Como você se sente sobre a princesa Rakma? Você passou uma boa parte do tempo junto com ela em Farrun."

"Ela é legal," said Uriel. "Não me diga que você quer ouvir todos os detalhes sujos."

"Por favor, poupe-me de seus estudos sobre a anatomia dela", disse Potema franzindo a testa. "Mas você quer se casar com ela?"

"Eu acho que sim."

"Muito bem. Eu farei os arranjos então," Potema fez uma nota para si mesma antes de continuar. "Rei Lleromo tem sido um aliado difícil de manter, e um casamento político deve manter Farrun do nosso lado. Nós precisamos deles. Quando é o funeral?"

"Que funeral?" perguntou Uriel. "Você diz, do tio Antiochus?"

"Lógico", suspirou Potema. "Alguém mais, de importância, morreu recentemente?"

"Havia um monte de crianças Guardas Vermelhas correndo pelos corredores, então eu acho que Cephorus chegou. Magnus veio ao tribunal ontem, então ela deveria vir a qualquer momento."

"É hora de chamarmos o conselho então", disse Potema, sorrindo.

Ela estava vestida de preto, o que não é uma cor que costumava usar. Era muito importante seu lado de irmã em luto. Vendo mesma no espelho, ela sentiu que olhava para todos os seus 53 anos. Uma tiara de prata serpenteava pelos seus cabelos ruivos. Os longos, gelados e secos invernos do norte de Skyrim haviam criado nela um mapa de rugas, finas como teia de aranha, em todo o seu rosto. Ainda assim, ela sabia que quando sorria, ela ganhava corações, e quando fazia cara de brava, inspirava medo. Isso já era o suficiente para seus propósitos.

A fala de Potema para com o Concelho dos Anciões talvez seria útil para estudantes de discurso em relações públicas.

Ela começou com bajulação e auto humilhação: "Meus solenes e sábios amigos, membros do Conselho dos Anciões, eu sou apenas uma rainha provincial, e eu só posso vir trazer aqui uma questão que vocês já devem até ter julgado."

Ela continuou então elogiando o ultimo Imperador, que tinha sido um governante popular, apesar de suas falhas: "Ele foi um verdadeiro Septim e um grande guerreiro, destruindo -- com o seu conselho -- a quase invencível armada de Pyandonea."

Mas depois de enrolar um pouco, ela foi direto ao ponto: "A Imperatriz Gysilla infelizmente não faz nada para apimentar o espírito sensual de meu irmão. Na verdade, nenhuma prostituta em qualquer beco da cidade deitou-se em mais camas que ela. Se ela tivesse atendido aos seus deveres conjugais com mais fidelidade, teríamos um verdadeiro herdeiro para o Império, e não esses imbecis, bastardos e maricas que se dizem filhos do Imperador. A menina chamada Kintyra é de conhecimento popular de que ela é filha de Gysilla e um Capitão da Guarda. Pode ser que ela seja filha de Gysilla ou do cara que limpa a cisterna. A gente nunca vai saber ao certo. Não tão certo como podemos conhecer a linhagem de meu filho, Uriel. O verdadeiro filho mais velho da dinastia Septim. Meus senhores, as províncias do Império não vão se curvar a um bastardo no trono, isso eu posso lhes assegurar."

Ela terminou suavemente, mas com uma chamada de ação: "A posteridade irá julgar vocês. Vocês sabem o que precisa ser feito."

Naquela manhã, Potema entreteve seus irmãos e respectivas esposas no quarto do Mapa, o seu salão de jantar Imperial favorito. As paredes eram salpicados de brilhantes, se desvanecendo representações do Império e de todas as terras conhecidas além, Atmora, Yokunda, Akavir, Pyandonea, Thras. Acima deles uma grande cúpula de vidro no teto, molhada pela chuva, que mostrava imagens distorcidas das estrelas. Relâmpagos a cada minuto, lançando estranhas sombras fantasmagóricas nas paredes.

"Quando você falará com o Conselho?" perguntou Potema quando o jantar foi servido.

"Eu não sei se irei", disse Magnus. "Eu acho que não tenho nada a dizer."

"Eu vou falar com eles quando anunciarem a coroação de Kintyra", disse Cephorus. "Apenas como uma formalidade para mostrar o meu apoio e o apoio de Hammerfell."

"Você pode falar em nome de toda Hammerfell?" perguntou Potema, com um sorriso intuitívo. "Os Guardas Vermelhos devem te amar muito."

"Nós temos um relacionamento único com o Império em Hammerfell," disse a esposa de Cephorus, Bianki. "Desde o tratado de Stros M'kai, tem sido entendido que somos parte do Império, mas não uns subordinados."

"Eu entendo que você já tenha falado com o Conselho", disse a esposa de Magnus, Hellena, claramente. Ela era uma diplomata de natureza, mas como a governante Cyrodilic de um reinado de Argonia, ela sabia reconhecer e enfrentar as adversidades.

"Sim, eu falei", disse Potema, parando para saborear um pedaço de frango. "Dei-lhes um breve discurso sobre a coroação desta tarde."

"Nossa irmã é uma excelente oradora", disse Cephorus.

"Você é tão gentil", disse Potema, rindo. "Eu faço muitas coisas melhores do que discursar."

"Como o quê?" perguntou Bianki, sorrindo.

"Posso perguntar o que você disse em seu discurso?" perguntou Magnus, suspeitosamente.

Houve uma batida na porta da câmara. O mordomo aproximou-se e sussurrou algo para Potema, que sorriu em resposta e se levantou da mesa.

"Eu disse ao Conselho que eu daria todo o meu apoio para a coroação, desde que proceda com sabedoria. O que poderia ser estranho sobre isso?" Potema falou, e levou ma taça de vinho com ela para a porta. "Se vocês me perdoam, minha sobrinha Kintyra deseja ter uma palavra comigo."

Kintyra ficou na sala com a Guarda Imperial. Ela era apenas uma criança, mas na reflexão, Potema percebeu que na sua idade, ela já era casada a dois anos com Mantiarco. Havia uma semelhança, para ter certeza. Potema podia ver Kintyra como a rainha jovem, com olhos escuros e pele pálida lisa e firme como o mármore. A raiva brilhou rapidamente nos olhos Kintyra ao ver sua tia, mas a emoção saiu, substituída com a presença imperial calma.

"Rainha Potema", disse ela serenamente. "Eu fui informada que minha coroação será daqui dois dias. Sua presença na cerimônia não é bem-vinda. Eu já dei odens aos servos para guardarem seus pertences, e que uma escolta a acompanhe de volta ao seu reino esta noite. É tudo. Adeus, tia."

Potema começou a responder, mas Kintyra e sua guarda viraram-se e voltaram para o corredor em direção ao salão principal. A Rainha Loba viu eles irem, então voltou para a Sala do Mapa.

"Irmã-de-lei", disse Potema, dirigindo-se a Bianki com um pouco de maldade. "Você perguntou agora pouco sobre o que eu faço melhor do que falar? A resposta é: guerra."

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